Bancos digitais devem invadir o varejo em 2022
- Postado por Sabrina Nakao
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- Data 17/01/2022
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Entre as empresas com maiores quedas em 2021 na B3 (B3SA3), estão as varejistas como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA 3), antiga Via Varejo (VVAR3). Alguns fatores contribuem para isso.
O aumento da taxa Selic faz com que o dinheiro fique mais caro, principalmente para quem precisa de crédito para comprar. Além disso, a crise econômica provocada pela pandemia também acentuou este cenário e, principalmente, a chegada de concorrentes internacionais, como Shopee e Aliexpress.
Nessa onda, os varejistas sentiram uma nova necessidade para criar preços competitivos, abocanhar uma nova fatia de clientes e criar mais oportunidade com seu próprios bancos digitais,
O maior ativo de uma empresa não é a sua marca em si e nem mesmo seus produtos e serviços que vendem, mas os clientes que confiam na empresa. No ano passado, Magalu (MGLU3) decidiu acelerar o seu banco digital, o MagaluPay, e a VIA (VIIA3),o Banqi. Mais do que uma nova fonte de receita, a plataforma faz com que exista mais um ponto de contato com o consumidor.
Mas vamos lembrar que os bancos digitais são apenas contas de pagamentos e não bancos em si, ( Nem o Nubank ainda é considerado banco ainda e é já gigante), mas o problema disso é que para ser conta de pagamento, o Banco Central faz muito menos exigências e autoriza menos produtos financeiros para serem oferecidos. Antes a burocracia para criar essas contas de pagamento eram um grande empecilho para esses varejistas.
Em 2022, alguns especialistas acreditam que os grandes bancos mais pontuados na B3 devem perder este movimento e ter uma grande desaceleração com a fábrica de bancos digitais do Banco Modal (MODL11).
Olha só essa informação: No final do ano passado, o Banco Modal comprou a Live On, Meios de Pagamento S.A. que consegue colocar no ar um banco digital para qualquer empresa em menos de uma semana, com a marca do cliente. Por exemplo, uma empresa montadora de veículos, como a Fiat, Volkswagen, GM ou Ford, pode oferecer para seus clientes um app em que o cliente financia seu veículo, faz recarga de celular, finaliza o seguro do seu automóvel e ainda pode realizar investimentos em produtos financeiros atrelados ao CDI mas não consegue fazer os famosos CDB’s que são de papeis emitidos apenas por bancos e não por contas de pagamento. Uma rede de supermercados como Carrefour (CRFB3), Pão de Açúcar (PCAR3), Grupo BIG ou Grupo Muffato também pode ter seu próprio banco digital. Até mesmo PIX e TED os clientes podem realizar pelo app.
Este dinheiro que migrará para estes novos bancos digitais terá que sair de algum lugar e como sempre a maior parte sairá dos grandes bancos. Imagine 50 novos pequenos bancos digitais surgindo em 2022. Somados, além de outros players como Nubank (NuConta), por exemplo, causam um estrago diário cada vez maior. É como uma bola de neve. Sorte das varejistas, azar dos grandes bancos. Quem investe em ações destes setores precisa estar de olho no que está acontecendo. E vamos combinar que existe uma massa popular que sempre consumir os cartões